Nunca se saberá se foi o clima, se foi a terra. Se foi o talento das pessoas que por cá passaram e das suas apaixonantes histórias e personalidades. Ou se terá sido, pura e simplesmente, sorte. Aquela mesma sorte que fez com tudo isto se encontrasse, no mesmo lugar, na altura certa, como uma benção de planetas alinhados, de Sol e chuva e da curiosidade dos homens.
Uma coisa é certa. Silenciosa e imponente, a velha montanha tem assistido do alto ao nascimento de grandes vinhos neste pedaço de terra do Dão que tem a seus pés. E se para ela um século e meio é quase nada, no tempo dos homens muita coisa aconteceu desde que a primeira vinha foi plantada e a primeira pedra da Casa foi colocada, algures pelas últimas décadas do século XIX. 150 anos que foram tudo menos monótonos.
Atravessadas por tempos de guerra e paz, abundância e pobreza, partidas e chegadas, esplendor e esquecimento, as terras da Passarella viram história a ser escrita – por muitos e talentosos autores mas sempre com o seu sangue, o vinho. Talvez as lendas não existam e sejam afinal verdade. Talvez a história, de facto, se repita. Ou, pura e simplesmente, talvez a sorte continue do seu lado. Seja como for, com a terra como página em branco, irão continuar a escrever as nossas linhas, colheita após colheita.
Nasce de uma das castas mais icónicas do Dão, conhecida pela sua frescura, versatilidade e longevidade.
Notas de Prova:
Cor:
Cítrica.
Aroma: Notas citrinas, tangerina com limonete.
Prova: Vinho volumoso com uma acidez vibrante.
Final de boca: Longo e persistente.
Vinificação:
Maceração pre-fermentativa, fermentação em barrica usada e bâttonage.
Enólogo: Paulo Nunes
Região: Dão
Castas: 100% Encruzado
Quantidade líquida: 750 ml
Teor de álcool: 13 %vol.
Alergénios: Contém sulfitos.
Produtor: Casa da Passarella Lda
Origem: Portugal
Gastronomia: Polivalente, desde saladas até pratos mais elaborados.